HOMENAGEM DO MIS RJ NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
- 08/03/2025

Hoje, 8 de março de 2025, o MIS RJ homenageia todas as brasileiras no Dia Internacional da Mulher com uma programação 100% feminina, na Web Rádio MIS RJ! Carmen Miranda, Clementina de Jesus, Marlene, Elza Soares, Irmãs Batista, Odete Amaral, Hebe Camargo, Elis Regina, Sandra de Sá, Maria Bethânia, Rita Lee, Luciana Rabello, Alcione, Dona Ivone Lara, Beth Carvalho, Nara Leão, Clara Nunes, e muitas outras grandes cantoras mostram a beleza de suas interpretações em músicas que marcaram época.
Para o presidente do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, Cesar Miranda Ribeiro, que tem metade da sua equipe constituída por mulheres, a dedicação e a arte feminina devem ser valorizadas em tempo integral, e destaca – “O museu tem em seu acervo importantes Coleções como a de Elizeth Cardoso, Irmãs Batista, Nara Leão, Zezé Gonzaga, Marlene e Odete Amaral, artistas que deixaram um legado precioso salvaguardado em milhares de itens, que contam suas histórias e trajetórias profissionais. Mulheres que quebraram paradigmas, abriram caminhos e ajudaram a construir a nossa brasilidade. Devemos nos orgulhar dessas e de todas as mulheres que dedicam suas vidas para melhorar o mundo em que vivemos, sempre com muita criatividade e talento”.
Para além dessa programação especial, o MIS RJ quer celebrar também sete mulheres que gravaram os seus Depoimentos para a Posteridade, nos últimos anos. Elas trilharam caminhos diversos e deixaram com seus testemunhos orais, verdadeiros exemplos de trabalho árduo, pioneirismo e muita dedicação em suas carreiras profissionais, superando grandes desafios de todas as ordens.
Em 19 de julho de 2021, Hildegard Angel, jornalista do “O Globo” durante 30 anos, inovadora do colunismo social brasileiro, esteve no MIS Lapa, ainda em tempos de pandemia (seus convidados participaram remotamente da gravação). Em um depoimento emocionadíssimo, revelou os difíceis momentos vividos por sua família durante o regime militar. Relembrou dos acontecimentos que culminaram com os assassinatos do irmão, Stuart Angel e da mãe, Zuzu Angel, de como isso impactou a sua carreira, e como conseguiu superar todos os desafios.
Em 2021, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340) completou 15 anos. Era necessário quebrar um paradigma no museu para registrar a história da mulher que originou essa Lei. E, pela primeira vez, um Depoimento para a Posteridade, foi gravado fora do Rio de Janeiro, em Fortaleza, no Ceará, com o apoio da Secretária de Cultura, Danielle Barros. No dia combinado, 26 de outubro, a farmacêutica bioquímica, Maria da Penha Maia Fernandes, revelou como tudo começou e porque a sua experiência particular virou símbolo nacional na luta das mulheres contra a violência doméstica e familiar! Paraplégica, vítima de feminicídio, transformou a sua dor em uma causa mais ampla. Como ativista, fundou o Instituto Maria da Penha, trabalhando para conscientizar e promover a construção de uma sociedade sem violência doméstica e familiar contra a mulher.
No mesmo ano, Luciana Rabello registrou a sua trajetória musical, em uma tarde de primavera quente do Rio de Janeiro, em 29 de novembro. Acompanhada pelos amigos, Jayme Vignoli e Kati Almeida Braga, gravou o seu depoimento no museu que, como ela mesma disse – “É uma casa que faz parte da minha história, faz parte da história dessa cidade, da cultura desse país, da música, sobretudo”. Luciana Rabello revelou como iniciou a carreira, aos 15 anos, ao lado do irmão, Raphael Rabello, no histórico conjunto “Os Carioquinhas”, e também da sua dedicação, em 45 anos de trabalho profissional, em prol da divulgação e preservação do Choro Brasileiro.
Ela deu um salto que entrou para a história do atletismo brasileiro. Aída dos Santos, ex-atleta olímpica, gravou o seu Depoimento para a Posteridade no Dia Internacional da Mulher de 2023, na sede da Praça XV. Reverenciada pelos amigos entrevistadores, Aída dos Santos falou sobre preconceito e racismo, a falta de apoio da família, as enormes dificuldades enfrentadas nas Olimpíadas de Tóquio, em 1964, e a conquista histórica de ser a primeira mulher a disputar uma final olímpica, ficando em quarto lugar no salto em altura. As medalhas de ouro, prata e bronze foram conquistadas em outras competições internacionais. Apaixonada pela prática esportiva, continuou competindo na categoria Master, vencendo diferentes campeonatos com muitas medalhas, super merecidas!
Myrian Dauelsberg, eternizou a sua história dedicada à Cultura Brasileira, cercada por amigos e familiares, em sua casa no bairro de Laranjeiras, em 4 de maio de 2023. A mestra e pianista falou da infância no Rio de Janeiro e na Europa, até formar-se pela Sorbonne de Paris, da sua luta incansável como empresária de arte clássica para trazer aos palcos brasileiros inúmeras atrações internacionais como, os Balés Bolshoi e Kirov; os tenores Pavarotti, Carreras e Domingo; e a Filarmônica de Nova York. E, principalmente, como fundou a Dellarte e promoveu durante quarenta anos, turnês, festivais, séries e espetáculos que são sucesso de público no Brasil e no exterior.
Em 2024, duas grandes atrizes gravaram na sede da Praça XV! Em abril, Christiane Torloni chegou de braços dados com a sua mãe, a atriz Monah Delacy, que também gravou em 2002, o seu Depoimento para a Posteridade. Pela primeira vez, desde que assumi essa tarefa de coordenar a série histórica, conduzi um depoimento com a participação de integrantes de diversos fãs-clubes. Por diversas vezes pediu ajuda dos fãs para lembrar de datas, nomes de novelas e peças. Além da trajetória de sucesso nos palcos e na teledramaturgia brasileira, Christiane Torloni liderou o movimento “Amazônia para Sempre”, e lançou o documentário “Amazônia, o despertar da florestania”.
Foi num dia de festa para o MIS RJ, no aniversário de 59 anos da sua fundação, em 3 de setembro, que Beth Goulart registrou para a posteridade a sua história de vida e profissional, assim como a sua mãe, a atriz Nicette Bruno, em 2015. A conquista do seu primeiro prêmio como atriz profissional aconteceu quando tinha apenas 13 anos, e não parou mais em cinquenta anos de uma carreira de sucesso. Como diretora de teatro e escritora, Beth Goulart priorizou a arte como um importante instrumento de transformação das pessoas, tanto dos artistas quanto do público!
São histórias como essas, relatadas em muitas horas de Depoimentos para a Posteridade, que as mulheres brasileiras mostram toda a sua garra e competência em diversas áreas de atuação!Trajetórias que merecem aplausos e homenagens! Parabéns também para as servidoras que, todos os dias acrescentam, somam e contribuem, com muita competência e criatividade, para preservar o legado histórico da imagem e do som do pioneiro MIS RJ. Registrando ano após ano, para as futuras gerações, do que é capaz a Mulher Brasileira!
Publicado em 08/03/2025 por Márcia Benazzi